Novidades:
Carregando...

O Fim de Hellboy!

Atenção, esse texto traz alguns spoilers leves da trama das histórias do universo de Hellboy!
Hellboy, ou Anung un Rama, é uma criação de Mike Mignola, um escritor e artista americano. Ele é amplamente conhecido pelos filmes, de 2004 e 2008, dirigidos por Guillermo Del Toro, que apesar de não terem tido uma bilheteria como os filmes da Marvel, ou da DC, foi muito expressiva. A história do Hellboy é memorável; durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi convocado do inferno por Grigori Rasputin para lutar pelos nazistas, mas foi resgatado pelos Aliados, e seu pai adotivo, o Professor Trevor Bruttenholm.

             
Após o seu resgate, Hellboy foi criado pelo Professor como uma criança normal (ou o que fosse mais próximo disso, dadas as circunstâncias). Ele cresceu em uma base militar, rodeado de soldados, e profissionais do paranormal, no fim dos anos 40. Ele logo se tornou uma espécie de mascote dos militares da base, e sua vida, nessa curta infância, foi, apesar de extremamente não-convencional, muito feliz, com direito a muitos doces e revistas em quadrinhos dados pelos soldados da base. Revistas como as de Lobster Johnson, herói pulp, que lutava contra mafiosos e nazistas.

Enquanto Hellboy ainda vivia sua meninice o seu pai, Professor Bruttenholm, iniciou, junto ao governo americano, o BPRD, o Bureau de Pesquisas e Defesa Paranormal (do inglês Bureau for Paranormal Research and Defense), um grupo que seria muito importante na vida de seu filho adotivo vermelho. O grupo foi formado após a constatação do governo americano da situação paranormal durante a Segunda Guerra. Os nazistas, e também os aliados soviéticos e britânicos, todos, tinham seus devidos grupos de investigação paranormal.

Hellboy se tornou “humano” em 1952, quando a sua infância acabou (graças a sua genética infernal), e a ONU (Organização das Nações Unidas) concedeu a ele a o status de “humano honorário”. Após isso ele se filiou ao BPRD, e se tornou o “Maior Investigador Paranormal do Mundo”, e trabalhou para a organização durante mais de 40 anos. Ele a abandonaria, após perceber que uma parte intrínseca dela era a sua burocracia governamental, e se lançou em uma carreira solo (isso é demonstrado na história The Conqueror Worm). 


A história de Hellboy não acaba nessa saga. Ela, de certa maneira, só começa. Mike Mignola criou não só o vermelho, mas também um conjunto de personagens secundários que deixam muitos outros “universos” comendo poeira. O BPRD, contando com Abraham Sapien, Liz Sherman, e Johann Kraus (conhecidos também por aqueles que viram os filmes), continuou existindo, mesmo sem o seu agente principal.
 
Todas as histórias do universo de Hellboy são, pelo menos marginalmente, conectadas. Mignola criou também: Sir Edward, o Witchfinder, que era um detetive paranormal vitoriano, que travava batalhas contra a Sociedade Heliópica de Rá, uma inimiga constante do BPRD; Baltimore, que caçava vampiros no período Entre-Guerras; Lobster Johnson, um ídolo da infância de Hellboy, que lutou contra nazistas, e ameaças sobrenaturais; e Sledgehammer 44, um soldado preso em uma armadura mágica antiga, ligada com as origens da vida na terra.
 
Hoje em dia, este universo tem tramas tecida por trás daquelas que estão aparentes nas revistas. Mignola trabalhou durante 20 anos, construindo um universo extremamente instigante, e cativante. Mais cedo, neste ano, em um painel promovido pela Dark Horse (editora de Hellboy), Mike Mignola, junto a Scott Allie (editor-chefe da editora), discutiram o fim da saga de Anung un Rama. 

Eles afirmaram que tudo que eles estão fazendo, nas histórias relacionadas a Hellboy (que contam com as séries BPRD: Hell on Earth, Hellboy in Hell, Abe Sapien e Baltimore), estão sendo tramadas com a meta de criarem um fim para a saga geral dos personagens. São duas décadas de trabalho, promovidas em centenas de revistas.

Na trama geral, a Terra está destruída, Hellboy está no Inferno, e as forças do mal estão em alta. Os humanos lutam pela sobrevivência, e a batalha não parece ter vitórias. Como Mignola vai acabar a história, ninguém sabe. Ele tem um histórico de acabar tramas de maneiras completamente misteriosas e inquietantes. Hellboy se desligando do BPRD, personagens morrendo (permanentemente), heróis ganhando a batalha, mas perdendo a guerra. São sempre finais, de certa maneira, desconcertantes, mas extremamente satisfatórios. Mignola constrói narrativas que chocam, entristecem, mas nunca desapontam. 

Um fim para o mundo incrível de Hellboy vai ser triste, sem dúvidas, mas também será um fim merecido, e sem dúvida, incrível.

0 comentários:

Postar um comentário